O maior obstáculo à fé, para muitas pessoas que buscam a cura em nossos dias, é a incerteza que possuem quanto a ser ou não vontade de Deus curar a todos.
Quase todos sabem que Deus cura alguns, mas há muita coisa na Teologia moderna que impede que as pessoas saibam o que a Bíblia ensina claramente: há provisão para cura de todas.
É impossível reivindicar ousadamente uma bênção, pela fé, quando não temos a certeza de que Deus a oferece, porque as bênçãos de Deus podem ser reclamadas somente quando a vontade de Deus é conhecida, crida e praticada.
Se queremos saber o que há em um testamento, devemos lê-lo. Se queremos saber a vontade de Deus sobre alguma questão, leiamos Seu testamento.
Suponha que uma senhora me dissesse: "Meu marido, que era muito rico, faleceu. Eu gostaria de saber se ele deixou algo para mim em seu testamento". Eu lhe diria: "Por que você não lê o testamento?"
A palavra testamento, legalmente falando, significa a vontade de uma pessoa. A Bíblia contém a última vontade, o testamento de Deus, no qual Ele nos lega todas as bênçãos da redenção. E sendo Sua última vontade e Seu testamento, qualquer coisa posterior é falsificação. Ninguém faz um testamento novo depois de morrer.
Se a cura está no testamento de Deus para nós, dizer, então, que Deus não está disposto a curar todos, o que Seu testamento afirma claramente, seria modificar o testamento, e isso após a morte do Testador.
Jesus não é apenas o Testador que morreu, mas Ele ressuscitou e é também o Mediador do Testamento. É nosso advogado, por assim dizer, e não vai privar-nos do Testamento, como fazem alguns advogados do mundo. Ele é nosso Representante à destra de Deus.
Não há maneira melhor de ter certeza da vontade de Deus do que ler os Evangelhos, que registram os ensinamentos e as obras de Cristo. Jesus era a expressão da Vontade do Pai.
Sua vida foi tanto uma revelação como uma manifestação do amor imutável e da Vontade de Deus. Ele representou, literalmente, a Vontade de Deus para nós.
"Se for a Tua vontade"
Quando Jesus impunha as mãos sobre cada um deles, os curava (Lc4.40b), estava revelando e fazendo a vontade de Deus para todas as pessoas.
Eis aqui venho (...), para fazer, ó Deus a tua vontade.
Hebreus 10.7
Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas vontade daquele que me enviou.
João 6.38
Tudo o que Jesus fazia pela humanidade necessitada durante Seu ministério terreno era uma revelação direta da perfeita vontade de Deus para a raça humana.
F.F. Bosworth, em seu livro Christ the Healer (Cristo o que cura), diz:
Provavelmente, ninguém poderia ser mais conservador do que os estudiosos da Igreja Episcopal. Contudo, a comissão designada para estudar o assunto da cura espiritual para o corpo, após três anos de estudo e pesquisa tanto Bíblica como na História, apresentou o seguinte resumo à igreja: Jesus realizava curas como uma revelação da vontade de Deus para o homem. Porque descobriram que Sua vontade foi plenamente revelada, acrescentaram: A igreja não pode mais orar pelos doentes com aquela frase que destrói a fé : 'Se for a Tua vontade'.
Bosworth também afirma: A mensagem ensinada em todas partes do Evangelho é de cura completa para a alma e para o corpo, para todos os que se chegam a Ele.
Atualmente, muitos dizem: 'Eu creio na cura, mas não creio que seja para todos'. Se não é para todos, então como poderemos fazer a oração da fé?
Dentre todos os que buscaram a cura em Cristo durante Seu ministério terreno, lemos apenas de um que orou por cura com estas palavras: se quiseres. Foi o pobre leproso rejeitado que não conhecia a vontade de Cristo de curar.
A primeira coisa que Cristo fez foi corrigir esta incerteza assegurando-lhe : Quero.
Não se trata mais de se for a Tua vontade - é a vontade de Deus.
O leproso de Marcos 1.40 disse: Se queres, bem podes. Jesus respondeu: Quero.
Que este quero esclareça de uma vez por todas: Deus quer curar os enfermos. Se Ele quer curar um, quer curar todos.
Ele não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9).
Tiago pergunta: Está alguém entre vós doente? (Tg 5.14a).
Alguém incluiu você, se você está doente.
Sobre aqueles que foram mordidos pelas serpentes ardentes, está escrito que todos os que olhassem para serpente de metal sobreviveriam. (Nm 21.9). E mesmo agora, se alguém (quem quiser), olhar para Cristo como Redentor será salvo.
Todas as pessoas estão na mesma situação quanto aos benefícios da Expiação.
As expressões todo aquele e quem quiser são sempre empregadas para convidar os pecadores à salvação.
As expressões tantos quantos, todos e cada um são usadas para convidar os doentes e os enfermos para serem curados.
Ambos os convites são sempre universais, e o resultado são sempre prometidos positivamente: Será salvo; terá vida; será curado; o Senhor o levará; serão todos curados; e todos os que a tocavam ficavam sãos.
Os pais, muitas vezes, demonstram preferência por um filho, mas Deus nunca o faz. Quando cumprimos condições iguais, recebemos igualmente. Quando cumprimos nossa parte, Deus é sempre fiel para cumprir a Sua parte, sempre.
Os benefícios do Calvário são para você. Se Deus sarava a todos, Ele ainda sara a todos; isto é, todos os que se chegam a Ele para serem curados.
Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
Hebreus 13.8
Acompanhou-o uma grande multidão de gente, e ele curou a todos.
Mateus 12.15b
E todos os que a tocavam [a orla de suas vestes] ficavam sãos.
Mateus 14.36b
E toda a multidão procuravam tocar-lhe, porque saía dele virtude que curava todos.
Lucas 6.19
E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoniados, e ele, com sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
Mateus 8.16,17
Cristo continua curando os enfermos para cumprir as palavras do profeta: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
Lembre-se sempre de que você está incluído no nossos de Mateus 8.17, e de que Deus está obrigado por Sua aliança a continuar a sarar todos os que estão doentes e enfermos, para cumprir as palavras de Isaías.
Não quebrarei meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios.
Salmo 89.34
E, ao pôr - do - sol , todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e, impondo as mãos sobre cada um deles, os curava.
Lucas 4.40
A cura era pra todos aqueles dias, e Cristo, o que cura, jamais mudou (Hb 13.8)
A cura era para todos e deve ser pregada a todos
Filipe pregou Cristo aos samaritanos:
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade.
Atos 8.6-8
Jesus provou ser exatamente o mesmo quando Filipe pregava sobre Ele.
Pedro pregou Cristo, e o coxo de Atos 3 foi curado. Jesus provou ser o mesmo para Pedro.
Em qualquer tempo e em qualquer lugar que se pregue Jesus Cristo no Seu sacrifício pleno pelo pecado e pela doença, o resultado será a cura dos corpos doentes, assim como a salvação das almas perdidas.
Paulo pregou Cristo
E estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo desde o seu nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou.
Atos14.8-10
Paulo pregava o Evangelho da cura, porque o coxo recebeu fé para ser curado enquanto ouvia a mensagem de Paulo.
Em todo lugar onde se prega a cura com seus plenos benefícios para todos, o povo responde à Palavra pregada. Tem fé para ser curado, e as pessoas são curadas. Este método nunca falha. A fé não pode falhar.
Mas não se pode pôr a fé em atividade quando a pessoa fica indecisa quanto ao fato de Deus curar todos ou não. Se Ele não quer curar todos, então somos obrigados a considerar cada caso: “Deus vai curar esta pessoa? Ou este é um dos infelizes a quem Deus quer que fique a sofrer?" Como poderíamos fazer a oração da fé com tal incerteza em nossas mentes? Que isto fique de uma vez por todas compreendido e estabelecido: é a vontade de Deus curar-me. Tenho tanto direito à cura quanto ao perdão- quando creio.
Deus disse: Eu sou o Senhor, que te sara. Se Deus o disse, e Deus não pode mentir, Ele quis dizer o que disse. O que Deus diz é verdade. Portanto, a cura é minha. A cura é a parte do Evangelho e é para ser pregada por todo o mundo e para toda a criatura (Mc 16.15), sendo estabelecida para se cumprir plenamente até à consumação dos séculos, ao mundo (Mt 28.20). Sendo parte do Evangelho, a bênção divina da cura física é para todos 22.