segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Coração

O Coração

A Palavra diz que é do coração que procedem as fontes da vida (Pv 4.23). A Bíblia refere-se ao coração de forma muito clara, mostrando-o como o centro, o âmago do nosso ser, como o “reservatório” de tudo que somos. Em Lucas 6.45, está escrito: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” O nosso coração é a fonte na qual tiramos o bem ou o mal.

Em Jeremias 17.9, lemos: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Quantas vezes o coração engana a você mesmo? É por isso que as Escrituras dizem: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Pv 4.23.) É como se o coração pudesse abarcar tudo, a totalidade do nosso intelecto e da nossa vontade.

O coração é o centro do nosso ser. Ele é o canal por meio do qual entramos em contato com Deus e oramos. Ele é a arca onde guardamos a Palavra de Deus meditada e as palavras de sabedoria que ela nos presenteia. É pelo coração que consideramos as coisas de Deus; e é por ele que cremos para a justiça. Mas, infelizmente, muitos guardam nele a dúvida e o mal que maquinam com a alma.

Há um versículo que diz: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate.” (Pv 15.13.) Isso quer dizer que a beleza não está somente do lado de fora, ela não aparece apenas com cuidados estéticos ou com maquiagem, mas, como a Bíblia diz, com a alegria do coração. É interessante que podemos perceber o coração de uma pessoa pelo seu semblante.

Bíblia diz que o coração do homem adoeceu desde que ele pecou no Jardim do Éden. Esse adoecer pode ser comparado a uma enfermidade física que ataca o coração humano, e em alguns casos o médico diz que a única solução será um transplante. Digamos que a mensagem do evangelho também funciona como um transplante. Deus é o Médico dos médicos, e Ele diz a você agora: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.” (Ezequiel 36.26.) Deixe-o “transplantar” um novo coração em você!

Que Deus o abençoe!

Eu não me esqueci de você

“Então chegou Jesus no Getsêmani e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E levando consigo Pedro e dois dos filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então disse-lhes: a minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e vigiai comigo. E indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: ‘Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como Tu queres’. E voltando-se para os seus discípulos achou-os adormecidos; e disse a Pedro: ‘Então nem uma hora pudeste vigiar comigo?’” (Mt 26.36- 40.)

Era chegada a hora em que Jesus seria preso e crucificado. Ele começava a sentir ali o peso do pecado da humanidade sobre seus ombros e queria ter ao seu lado seus amigos, seus discípulos que há três anos conviviam com Ele. Ele era Deus sim, mas, naquele momento, como homem, Ele sentiu a “necessidade” de ter alguém ao seu lado, para, pelo menos, orar com Ele. Mas isso não aconteceu. Ao voltar, encontrou Pedro, aquele que dissera que se entregaria à morte por amor a Jesus, adormecido.

Este fato ocorrido com Jesus, infelizmente, acontece conosco corriqueiramente. Quem de nós nunca se sentiu só em sua vida? Muitas vezes estamos rodeados de amigos, de pessoas que nos amam, que confiam em nós, que nos querem muito bem... mas, de repente, olhamos ao nosso redor e não encontramos um ombro amigo, alguém que possamos desabafar, que possamos despejar o sentimento de tristeza que abate o nosso coração em determinadas situações. As lutas, as perdas, os problemas que assolam a nossa alma nos fazem mergulhar num mar de escuridão e de tristeza. E esse sentimento de encontrar-se só na multidão é que faz com que muitas pessoas entrem em solidão, chegando até a ter uma depressão. Num momento de “desespero” imaginamos até que o Pai, o Deus que nos criou, esqueceu-se de nós! Seria isso verdade? Não!

“Mas Sião diz: Já me desamparou o Senhor; o Senhor esqueceu-se de mim! Pode uma mulher esquecer-se do filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que na palma das minhas mãos te tenho gravado.” (Is 49.14-16a.)

Que alegria! Que gozo! Não importam as lutas pelas quais estamos passando! Não importam as assolações que têm chegado a nossa vida! Não importa se a bênção tão prometida ainda não chegou e temos nos desesperado de tristeza diante da situação! Não importa se os nossos amigos nos abandonaram! Não importa se mesmo em meio a uma multidão estamos nos sentido só! Deus o Senhor, dono do nosso coração, nos conhece e tem na palma das mãos a nossa vida! Glórias a Ele! Eu não estou só! Você não está só! Mesmo que todos nos desamparem, Ele está conosco em todos os instantes da nossa vida! Por mais difícil que seja, por mais “abandonados” que possamos nos sentir, assim como Jesus no Getsêmani, o Pai jamais nos abandonará. Ele é o nosso supremo Pastor e tem o controle de todas as coisas. Aleluia! Basta crer, basta confiar, basta acreditar e descansar sob os braços fortes do Senhor. Ele jamais nos abandonará. Ele nunca dorme. Ele nos ama e prometeu que até a consumação dos séculos estará no nosso meio! (Mt 28.20b.)

Dizem que amor de mãe é único. Uma mãe vive com o filho durante 9 meses em seu ventre com todo cuidado, carinho, aguardando o momento de conhecer aquela dádiva que Deus está lhe dando. Depois vive meses em claro às madrugadas cuidando de seu filho, amamentado, zelando por aquele pequeno ser que depende quase que exclusivamente dela para viver. Teoricamente, é impossível que uma mãe esqueça-se do seu filho depois de tudo que ela passou para tê-lo ao seu lado. Mesmo que isso viesse a acontecer, o nosso Pai Celestial jamais nos abandonaria. Você é o filho amado, a filha amada do Pai. Ele jamais deixou você, e nem lhe deixará. E Ele lhe diz assim: “Levanta os olhos ao redor e olha; [...] vivo eu, diz o Senhor [...] porque, nos teus desertos, e nos teus lugares solitários, e na tua terra destruída, te verás, agora, apertada de moradores, e os que te devoravam (a tristeza, a dor, a luta assolação) se afastarão para longe de ti.” (Is 49.18-19.)

Deus lhe abençoe,

Aprendendo na adversidade

Texto: Marcos 4.35-41

Textos complementares: Hb 12.1-2; Sl 127.1-2; Mt 12.34; Pv 3.5-6; Mt 28.20; Mt 16.18-19.


Versículo para memorizar: “Então Ele se levantou e ordenou ao vento e às ondas: fiquem quietos! O vento parou, e tudo ficou calmo.” (Marcos 4.39)

Jesus estava formando os seus discípulos. E nesse processo, Ele fez questão de que eles passassem por experiências que os ajudassem a identificar as áreas problemáticas em suas vidas. Admitindo o medo, a insegurança, a falta de fé, e outras coisas mais, cada um deles poderia se abrir com maior facilidade aos ensinos do Mestre.


Vejamos como Ele os conduziu pelo caminho do aprendizado nas experiências difíceis.


1 – Jesus os desafiou a passarem para o outro lado – Não sabemos exatamente o que Jesus e os discípulos estavam fazendo, antes de tentarem passar para o outro lado do mar. Mas é certo que todos foram desafiados a subir no barco e a passar para o lado, onde multidões os aguardavam.
Cremos que os discípulos estavam felizes pela expectativa dos outros sinais e curas que estavam por vir. Tudo parecia tranqüilo, até que uma grande tempestade se levantou em alto mar. Eles não contavam que o desafio de passar par o outro lado, pudesse reservar-lhes tal experiência.
O Senhor, porém, estava no controle de todas as coisas. Ele sabia que não podia poupá-los de experiências que os levassem ao amadurecimento da fé em Deus.
A possibilidade de enfrentarmos tempestades no caminho, não pode nos desestimular de continuar aceitando desafios na vida. Nós também temos de passar para outros lados.
Jesus quer nos desafiar a cada dia subir em nosso barco para que novas metas possam ser atingidas. Em qualquer área do nosso viver: profissional, familiar, ministerial, etc., com ousadia podemos superar os obstáculos que surgem pelo caminho e conquistar nossos ideais (Hebreus 12.1-2).

2 – Jesus e a visão do descanso e da palavra de autoridade – Em meio à crise em alto mar, quando o único quadro que os discípulos conseguiam ver era o da destruição e morte, Jesus conseguiu transmitir uma visão diferente.
Dois ensinos o Mestre pôde transmitir-lhes com sua atitude no barco:
• Em primeiro lugar, a visão do descanso que se opunha ao desespero geral apresentado na ocasião. Jesus descansava, enquanto os discípulos buscavam desesperadamente uma saída para a crise.
• A segunda visão foi a da liberação da palavra de autoridade sobre a circunstância adversa, enquanto a maioria falava sobre morte.
Aprendemos sobre o descanso em Deus para os momentos de lutas e conflitos da vida (Sl 127.1-2).
Certamente, o descanso de Cristo não se tratou de uma atitude irresponsável diante de uma real situação de perigo. Tampouco a manifestação de passividade perniciosa que leva muita gente a ficar estagnada quando, de fato teria de agir.
O que vimos foi, tão somente, a manifestação externa de algo que lhe era tão próprio: a sua confiança em Deus para todas as horas. Firmado nesta convicção é que Ele pode também se levantar, e, com firmeza, repreender os ventos e o mar revoltos.
Somente mantendo uma atitude de paz interior e de plena confiança em Deus, é que teremos condições de liberar palavras de autoridade sobre as circunstâncias adversas. Do contrário, falaremos baseados em nosso desespero e angústia (Mt 12.34).

3 – Jesus ensinou que até o vento e o mar lhe obedecem – Quando toda experiência terminou e os discípulos viram os resultados da Palavra de Jesus, acalmando e controlando toda a situação, todos diziam entre si: “quem, porventura, é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?”. Eles já tinham visto a autoridade de Jesus sobre os demônios, sobre as doenças e sobre a morte, mas sobre os poderes da natureza, ainda não. E por isso se maravilharam.
Quando tivermos a oportunidade de ver o senhorio de Cristo sobre novas áreas de nossas vidas, também nos regozijaremos como eles. Saber que não há limites para o poder e a sabedoria de Deus, deve nos elevar a um nível de confiança cada vez maior. Poder reconhecê-lo em todos os nossos caminhos, sem deixar qualquer um de fora, certamente trará Sua bondosa provisão, endireitando todas as nossas veredas (Pv 3.5-6).

Conclusão: Devemos sempre aceitar novos desafios que o Senhor nos apresentar. Caminhar por eles poderá nos levar a experiências difíceis, mas importantes, dentro do processo de amadurecimento espiritual. Ao passarmos pelas nossas tempestades, precisamos desenvolver a calma e a confiança n’Aquele que prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28.20). Quando assumirmos uma posição de autoridade no reino espiritual, o mal não prosperará em nosso caminho. Jesus continuará reinando por meio de nós, sua igreja e sobre todas as coisas (Mt 16.18-19).